Marcelo Oxley
A visita do tirano
Marcelo Oxley
Empresário
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Brasília, maio de 2023. O Brasil jamais será o mesmo: Lula recebeu com honrarias e enorme satisfação o "procurado" presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.
Repudiado por onde passa, ou por onde é impedido de entrar, Maduro é reconhecido por ser um exímio ditador. Além do mais, se entregue às autoridades norte-americanas, as quais o acusam de crimes como narcoterrorismo, você pode receber uma quantia de até R$ 75 milhões.
Vamos fazer um pequeno exercício? Paremos por um instante de falar de política. Agora na sua casa você está ao lado de uma pessoa que não pode ser contrariada ou questionada. Se assim o fizer, você poderá ser perseguido, censurado, sequestrado e morto. Paro por aqui, mesmo sabendo que existem mais acusações, para que o texto não fique ainda mais pesado. Maduro e seu governo agem desta maneira em seu país. Não há como deixar de relatar que, entre 2016 e 2019, mais de 19 mil pessoas foram assassinadas por tal regime simplesmente por ter uma "resistência às autoridades".
A Venezuela de Hugo Chávez, falecido em 2013, atravessa uma crise jamais vista na gestão de Maduro; destruiu sua democracia, baseia-se em torturas de opositores e gera uma crise humanitária que já deixou sete milhões de refugiados.
Estender um tapete vermelho para esse cidadão é atestar que tudo que fez e faz está dentro da normalidade. O ex-presidiário Lula assim o fez com todas as pompas necessárias para a ocasião. É um tapa na cara, sem luvas, a quem prioriza os bons costumes, o que é correto. A presença de Maduro no Brasil fez com que virássemos ainda mais piada pelo Mundo. Como se já não bastassem os discursos desastrosos na Espanha e Portugal, por ora, estamos dando "amém" a um nato ditador desprezível. É lamentável, triste e repugnante. A vergonha que paira nos céus do Brasil é visível e não percebi sequer um acalorado lulista falando sobre esse assunto.
Uma parcela robusta da esquerda tem o prazer de enaltecer tiranos, ditadores, baderneiros e tudo de menosprezável que possa haver num ser humano. Quem aí de vocês não gosta de "um" Che Guevara? Por acaso sabem que ele perseguia negros e homossexuais? Claro, aqueles foram outros tempos e hoje, se estivesse vivo, iria se retratar. É o "chichêzão" da esquerda: "comigo pode, com você de maneira alguma". Em tempos memoráveis de faculdade observava alguns professores admirando esse e outros senhores revolucionários. Se, porventura, um deles estivesse tomando um sorvete e sujasse o canto de sua boca não precisaria se preocupar em limpar. Entenderam, não é?
Lula está perdido. Lula não governa, ele se vinga. Está amparado de todos os lados para tantas manobras. Existem churrascos, obscuros, que o garantem no poder. Venderia a minha alma, agora, se 100% da esquerda concorda com a presença de Maduro no Brasil. Uma coisa é você discordar de opiniões e pontos, a outra é aceitar esse tipo de político no seu território. Um ser que não mede esforços, inclusive, para apresentar como procede contra aqueles que não cedem aos seus encantos duvidosos.
Nossa imagem está desgastada, desfigurada. O resultado: uma reflexão negativa no mercado exterior e, consequentemente, a minimização ao poder de oferta para o nosso povo, para o nosso solo, para aqueles que desejam investir ou expandir o seu negócio.
Enquanto o circo estiver armado para essa gestão, a impotência em tentarmos resolver questões como essa será nítida e veloz. Se tentam corromper a nossa força, que não nos falte coragem para seguir.
Maduro no Brasil, não!
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